Carlos Frederico de Brito d’Andréa é doutor em Estudos Linguísticos pelo PosLin/UFMG (2011), mestre em Ciência da Informação pela ECI/UFMG (2005), especialista em Gestão Estratégica da Informação (2004), graduado em Jornalismo (UFMG/1999). Desde 2012, professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em uma conversa por telefone com D’Andréa…

Arquivo pessoal
– Você acha que o conteúdo da Internet (artigos científicos produzidos por professores de universidades mundiais) tem que ser livre?
Idealmente deveria ser sim. Principalmente os artigos acadêmicos de universidades públicas, pois são financiados com o dinheiro público. Sendo assim, deveriam ser acessados por qualquer pessoa. Entretanto a internet hoje é uma rede comercial, onde se paga pra acessar e para publicar. Mas essa indústria de mediação é muito mais clara no exterior do que no Brasil.
– Passada a conferência da ONU, qual a sua opinião sobre a tentativa de regulamentação das telecomunicações, em especial a Internet?
O que ocorre é uma grande disputa entre pessoas que acham que o conteúdo da web deve circular livremente contra quem de alguma forma ganha e/ou tem direitos sobre isso. É uma disputa antiga e intensa.
– Você disponibiliza seus textos, artigos, etc., online?
Praticamente tudo que publiquei já está disponível na web. Faço um esforço para disseminar o que produzo de conhecimento. É interessante pra mim que minhas pesquisas sejam compartilhadas com outras pessoas, acho que só tenho a ganhar.
Adendo: Lei Azeredo
Um projeto de lei que tramitou no Congresso Nacional desde 1999 — e ficou parado na Câmara dos Deputados durante anos. Trata-se do projeto de Lei nº 84/1999, que popularmente ficou conhecido como “Lei Azeredo” em razão de ter sido proposta pelo ex-senador e atualmente deputado Eduardo Azeredo (PSDB – MG). Atualmente, não há nenhuma lei específica para monitorar crimes do gênero.
Entre as ações propostas por Azeredo, a destruição de dados eletrônicos de terceiros, o acesso e obtenção de informações em sistemas restritos sem autorização e a transferência não autorizada de dados ou informações particulares se tornariam crime, passíveis de prisão e multa.
Confira um pouco mais sobre essa lei…
Leia mais em: Conheça a Lei Azeredo, o SOPA brasileiro
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