Kaio Barreto e Viviane Ferreira
Há algumas semanas, quando escolhemos a nossa pauta “Os gays do nosso velho e novo e velho mundo”, pensamos em traçar um perfil claro e objetivo sobre como é ser gay hoje. Mas com a apuração dos dados que circulam esse universo, acabamos percebendo o quanto é trabalhoso tocar em um assunto tão discutido. A maior preocupação é não tratar o grupo gay com clichês e estereótipos já utilizados aos montes: queremos mostrar os avanços, mas sabemos que nem tudo são flores.
Em cada clique, em cada link aberto em nova página, dezenas de caminhos possíveis se faziam presentes para seguirmos. Nos deparamos com pesquisadores, advogados, doutores, casais, militantes e até grupos que lutam pela inclusão de gays na Igreja Católica. Escolher quais caminhos seguir foi uma tarefa árdua. Mais difícil que isso, só mesmo conciliar todo o conteúdo para que não perdêssemos o foco em traduzir o mundo gay.
Depois do trabalho de pesquisa, partimos para o contato com as fontes e a negociação de horários e maneiras de conseguirmos as entrevistas. Marcamos por e-mails, chats, e utilizamos muito das redes sociais para conseguirmos chegar à um grupo de seis fontes. Este grupo de pessoas irá nos dizer como devemos retratar da maneira mais fiel possível aqueles que lutaram, e ainda lutam, para conseguir ver seus direitos reconhecidos.
Os números que levantamos sobre uniões homoafetivas e ONGs que reivindicam os direitos LGBTTs, por exemplo, nos fazem ter ciência da grande responsabilidade que temos quando tocamos num assunto que para muitos, ainda pode ser considerado tabu. Continue acompanhando nossa pauta e veja quais são os impasses e as perspectivas de quem deseja respeito, não somente reconhecimento.